Em minha opinião, um dos atos mais admiráveis nas pessoas é a vontade de ajudar. Para não me estender, foco na vontade de ajudar em atividades dentro da sala de aula, pois esse é um dos objetivos da minha futura profissão, senão o carro chefe. Não tem outro meio de uma profissão ser bem sucedida ao desvalorizar os próprios princípios: o querer ajudar. Não apenas transmitir informação, mas absorver as informações dos outros (professores e alunos!). Entretanto, o que impede o triunfo dessa profissão é o desinteresse cujo pode partir do "mestre" ou de seus "seguidores".
Há um mês tive a ventura de ser solicitada para ensinar língua inglesa a uma garotinha. O meu maior sonho é ensinar inglês, mesmo que seja para me decepcionar e dizer: "Isso não é para mim!". Por mais rebaixada que a profissão "professor" seja, eu quero enfrentar e não descansarei até que tal afirmação resulte da minha própria experiência. Não duvido dos professores que reclamam de salas superlotadas, crianças tagarelas, baixa remuneração, porém, só posso corroborar depois de enfrentá-los. Há professores que ainda veem algo positivo no ambiente escolar, embora façam parte da minoria. Eu os parabenizo. Agora, para os que só reclamam, é o seguinte: se cada pessoa crescesse com o sentimento de repulsa em relação a todos os comentários negativos, viveríamos em ócio. Não haveria mais esperança, pois se teria a ideia do que já deu errado. Por isso, poupem-me de comentários que intencionem o meu bloqueio.
Aliás, quando se tem um sonho para a realização profissional, não nos deixamos influenciar por engenheiros, médicos, doutores que tiveram sucesso. O que buscamos é a nossa realização profissional. Podemos até comentar que aquela ou outra profissão é mais remunerada, mas isso não significa que não se possa ser bem sucedido no que se escolheu. Por exemplo: um médico erra na dosagem de determinado medicamento e o paciente entra em óbito, o médico é exonerado e vai preso. Quantos casos parecidos nós ouvimos? Piores até. Nem por isso o curso de medicina deixou de ser o mais concorrido aqui na cidade. Estranho que jovens, em geral, de classe média, não deixaram ser influenciados. Estranho? Não. Persistência!
Ser professora é o que sempre quis, se estou equivocada ou sonhando alto, prefiro cair por mim mesma. Andar com meus próprios pés, mesmo que seja para tropeçar. É possível que nessa caminhada, eu aprenda com os tropeços e evite cair. Posso, também, apontar os atalhos, as pedras e árvores que produzem sombras, conveniente para o descanso, mas, ainda assim, não guiarei os passos de ninguém. Cada um precisa de independência, de liberdade, de experiência. No caso de valer a pena ou não, será um conceito individual. Por isso, essa outra vontade de ajudar me é inválida.
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