Fugir, correr, e virar tudo para o alto e sequer me movo do lugar. Mil planos, mil frases, e os meus olhos permanecem fechados. O travesseiro suportando o peso de tantos pensamentos desconhecidos. O cobertor assumindo o cargo de bloqueio a qualquer inovação, a cegar outros pontos de vista. O rádio toca, minha mente flutua e minhas mãos sob a minha cabeça. Nada parece fazer sentido, muito menos quando eu sou a primeira a não tomar iniciativa.
Eu não sou como era antes e não mudei para melhor. Corro dos meus próprios passos, tenho medo da minha sombra e fujo do que pode me fazer bem. Arrisco caminhar por estradas sem cor. Observo as árvores e suas folhas secas. Tropeço nas pedras e cacos. Não quero companhia. Sangro, não pelos tombos durante a trilha, mas pelas palavras que ouvi e que agora insisto em lembrar. Sei que sozinha não farei mal a mais ninguém, basta a mim mesma.
O vento uiva estremecendo o meu corpo e esfriando o meu rosto. Bagunça o meu cabelo e o meu rumo. Pássaros pretos atravessam o caminho repleto de lixo. Papéis rasgados, canetas sem tinta, livros sem capa, frases sem sentido, pessoas sem conteúdo. Indícios do descuido. A esperança desaparece juntamente com aqueles peixes no córrego que avisto. Um desleixo imensurável, irrefreável. Noto uma placa corroída pela ferrugem com a inscrição de retorno. Seria essa placa um sinal de que posso ter coragem de apostar na vida?
Àquela altura, meus olhos já haviam dispensado duas lágrimas comovidas. Minha boca secara com o clima desagradável. Era outono. As nuvens começavam a se unir e o céu a escurecer. Um trovão urrou lá de cima a assustar-me. A acordar-me. A despregar os olhos e dar-me conta de que tudo era um pesadelo. Pois, por mais que grande parte desse "sonho" possua uma parcela de verdade, eu não deixei minha esperança perder o brilho, ainda que, além do tempo, se ofuscara pelos maus tratos. Eu entregava a minha esperança a quem eu considerasse digno dela e a responsabilidade dobraria, porém o indivíduo, negando-se a alimentá-la, me devolvia quando ela passava a ser um incômodo, um empecilho. Incapaz de atingir o mínimo da minha confiança.
Foi assim que aprendi a andar sozinha como naquele pesadelo. Desconsidero transferir uma parte de mim a quem se diz confiável. Não acredito em mais ninguém não pela raridade de tal virtude e, sim, pelo que adquiri com as minhas experiências. Sem generalizar, sem excetuar, simplesmente ajustei-me à filosofia de proteger o que é meu e, independentemente, dos sentimentos serem bons ou ruins, são inadequados às visões de mundo alheias. Um elo destruído antes mesmo de criar raízes.
Eu não sou como era antes e não mudei para melhor. Corro dos meus próprios passos, tenho medo da minha sombra e fujo do que pode me fazer bem. Arrisco caminhar por estradas sem cor. Observo as árvores e suas folhas secas. Tropeço nas pedras e cacos. Não quero companhia. Sangro, não pelos tombos durante a trilha, mas pelas palavras que ouvi e que agora insisto em lembrar. Sei que sozinha não farei mal a mais ninguém, basta a mim mesma.
O vento uiva estremecendo o meu corpo e esfriando o meu rosto. Bagunça o meu cabelo e o meu rumo. Pássaros pretos atravessam o caminho repleto de lixo. Papéis rasgados, canetas sem tinta, livros sem capa, frases sem sentido, pessoas sem conteúdo. Indícios do descuido. A esperança desaparece juntamente com aqueles peixes no córrego que avisto. Um desleixo imensurável, irrefreável. Noto uma placa corroída pela ferrugem com a inscrição de retorno. Seria essa placa um sinal de que posso ter coragem de apostar na vida?
Àquela altura, meus olhos já haviam dispensado duas lágrimas comovidas. Minha boca secara com o clima desagradável. Era outono. As nuvens começavam a se unir e o céu a escurecer. Um trovão urrou lá de cima a assustar-me. A acordar-me. A despregar os olhos e dar-me conta de que tudo era um pesadelo. Pois, por mais que grande parte desse "sonho" possua uma parcela de verdade, eu não deixei minha esperança perder o brilho, ainda que, além do tempo, se ofuscara pelos maus tratos. Eu entregava a minha esperança a quem eu considerasse digno dela e a responsabilidade dobraria, porém o indivíduo, negando-se a alimentá-la, me devolvia quando ela passava a ser um incômodo, um empecilho. Incapaz de atingir o mínimo da minha confiança.
Foi assim que aprendi a andar sozinha como naquele pesadelo. Desconsidero transferir uma parte de mim a quem se diz confiável. Não acredito em mais ninguém não pela raridade de tal virtude e, sim, pelo que adquiri com as minhas experiências. Sem generalizar, sem excetuar, simplesmente ajustei-me à filosofia de proteger o que é meu e, independentemente, dos sentimentos serem bons ou ruins, são inadequados às visões de mundo alheias. Um elo destruído antes mesmo de criar raízes.
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