sábado, 13 de julho de 2013

Trilha sonora

É dia do Rock, baby, e eu aqui preparando aula. Ao som de "It's a long way to the top (if you wanna rock'n'roll)" eu escolho o conteúdo, o tempo para cada tópico a ser discutido e imagino a reação dos alunos durante os meus questionamentos. Só quem é professor entende a expectativa que se tem ao olhar para aquelas expressões indecifráveis. Quando o dono de uma delas começa a falar, é como a gaita de fole na música citada, a resposta surpreende e parece que tomamos a direção correta.
Em outro momento da aula, a música parece mudar e vai para "Otherside". Por quanto tempo o professor prepara a aula, por quanto tempo o professor explica a matéria tentando levar os alunos para o outro lado, o lado do conhecimento apurado? Quando somos a parte discente do contexto escolar, é comum que a nossa atenção se volte para o entretenimento, o que não deixa de ser uma das áreas do conhecimento. Ao considerar que esse interesse do jovem seja natural, o professor age para levá-lo ao mundo de assuntos que exigem maior reflexão, não curiosamente chamados de chatos.
Então, "What do you want from me" é o que todos se perguntam. As discussões dentro do estabelecimento de ensino são predeterminadas como maçantes e sem graça, mas é o professor quem primeiro trabalha no sentido de inová-las, ou espera-se que ele faça isso. Com a tecnologia tomando conta do nosso dia a dia, seja para mandar mensagens e navegar pelas redes sociais, ela também alcança a sala de aula por meio de televisões, celulares, computadores etc., servindo de ferramenta de ensino e de estudo.
Assim, sigo nessa linha de raciocínio que eu mesma compus, ouvindo minha própria trilha sonora. Não me permito deixar de ouvir minhas músicas, pois são elas que dão cor ao meu desempenho profissional e ritmam meu pensamento. Enquanto "Patience" toca, eu faço as minhas pesquisas, analiso-as e depois aplico minhas impressões pessoais nas atividades. Assobio em um ato meio inconsciente, coloco o material impresso na bolsa e me dou conta de que tudo isso me faz bem. Soa tão bem à minha alma quanto ouvir o dedilhado da guitarra no início de "Learn to fly".

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