sábado, 10 de dezembro de 2011

Facebook

Passear com a melhor amiga é uma dádiva. Ela te ouve, ela te elogia, te critica, te esnoba, mas te ama! É extremamente interessante perambular as ruas de Ponta Grossa com essa pessoa. Eu me considero alguém que fala de muitas coisas, ainda que superficialmente. Ela, no entanto, fala de determinados assuntos com tanta profundidade, com tanta persistência que o interlocutor acaba conhecendo o mundo do locutor apenas por meio de algumas explanações profissionais. O dia, então, se resumiu nisso: eu falando e ela anexando os meus comentários sucintos às suas práticas escolares discorrendo sobre elas.
Minto. Nosso dia não se resumiu nisso. Houve um momento em que nossos olhos se entrecruzaram ao ver um conhecido do Facebook. O quê? Isso mesmo. Alguém que ela tentou adicionar na rede de amigos e ele não aceitou. Engraçado só por isso, mas mesmo assim, não o suficientemente verdadeiro. Depois do susto, isto é, conhecer alguém que provavelmente não nos conhece, vieram as risadas. Eu, principalmente. Ri porque, além de gostar de rir, mencionei o nome do sujeito frente a ele, o qual nos mirou por alguns segundos. Obviamente o "conhecido" nem se deu conta da emboscada ali travada. Um episódio muito divertido e que só duas pessoas que têm segredos enfrentam, pois se eu não soubesse de alguns fatos omissos ele não teria sentido algum para nós. Levando em consideração, também, a minha capacidade para tornar as situações mais surreais do que elas já são, claro!
Parece não ser digno de tamanho apreço, ao ponto de rir, porque hoje em dia é até comum conhecer alguém do Facebook sem ser conhecido. Todavia, como já mencionei, a situação é mais do que surreal por outros fatores não expostos. Fatores que não precisam e nem devem ser apresentados e justamente são essas as razões que tornam a situação engraçada. Por isso afirmo que a vida pode não estar aquela maravilha, em completa perfeição, porém quando estamos na companhia de alguém que compartilha tais incidentes fortuitos, torna-a bem melhor e consegue inteirar a lacuna existente.

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