sexta-feira, 16 de maio de 2014

Praia de lamentações

Em um dia normal, Chavier Delaplata, um homem comum, sofria um amor platônico por Paola Hernandes, uma magnífica donzela que gostava de comer jabuticaba. Em um belo dia, Chavier Delaplata convidou Paola Hernandes para um passeio na praia de Acapulco.
Chavier Delaplata preparou uma surpresa para Paola Hernandes: uma refeição baseada em frutos do mar, churros, frutos e sanduíche de presunto.
Paola Hernandes: Oh, Chavier Delaplata, que surpresa encantadora!
Chavier Delaplata: Não foi nada, Paola Hernandes.
Paola Hernandes: O que posso fazer para recompensá-lo?
Passou pela cabeça de Chavier Delaplata vários pensamentos libidinosos e então uma simples resposta foi dita:
Chavier Delaplata: Um sorriso em sua face encantadora já basta, Paola Hernandes.
Paola Hernandes: Chavier Delaplata, você trouxe jabuticaba?
Chavier Delaplata: Deixe-me ver...
Paola Hernandes: Adoro jabuticabas, Chavier Delaplata...
Chavier Delaplata: Paola Hernandes, houve um pequeno imprevisto: não existem jabuticabas no México.
Paola Hernandes: Mas, Chavier Delaplata, existem em Tangamandápio!
Chavier Delaplata: Sim, mas só um verdadeiro Tangamandapiano sabe quais são as melhores.
Paola Hernandes: Não interessa! Está tudo acabado entre nós.
Chavier Delaplata: Mas...
Paola Hernandes: Não me importa o quanto a Gaivota é rebelde ou como a Paola Bracho é usurpadora, está tudo acabado entre nós, Chavier Delaplata.
Chavier Delaplata: Então embarque nesse carrossel.
Paola Hernandes: Não! Devemos ter cuidado com o anjo.
Chavier Delaplata: Mas se ainda resta uma gotinha de amor ou ainda um canavial de paixões, apenas Kassandra poderá nos dizer.
Paola Hernandes: Mas os Ricos também choram, Chavier Delaplata, pois todos temos o direito de nascer, viver, amar, morrer...
Chavier Delaplata: Então fugirei para o mar para não ter que me casar com Maria Mercedes, a feia mais Bela de sua família, Paola Hernandes.
Paola Hernandes: Mas me prometa uma coisa, Chavier Delaplata: se um dia você retornar do mar, não case com Rosalinda, Maria do Bairro, Rubi. Não se engane com aquelas carinhas de anjo, pois As tontas não vão ao céu.
Chavier Delaplata: Não posso mandar no destino, Paola Hernandes.
Paola Hernandes: Chispita e Mariana da noite não te merecem, Chavier Delaplata, pois apesar de Alegrifes e Rabujos, só nós dois temos o Privilégio de Amar.
Chavier Delaplata: Pois assim mesmo fugirei e talvez encontrarei Marimar e seremos Cúmplices de um resgate.
Paola Hernandes: Não! Você não pode fazer isso comigo, Chavier.
Chavier Delaplata: Já não podemos continuar juntos, Paola Hernandes, estou padecendo por amor, mas não podemos ficar juntos.
Paola Hernandes: Por quê, Chavier?
Chavier Delaplata: Descobri que somos irmãos!
Paola Hernandes: Mas como, Chavier? Quem lhe falou tamanha blasfêmia? Cometemos um incesto?
Chavier Delaplata: A Gaivota me contou!
Paola Hernandes: Não pode ser, me apaixonei pelo meu próprio irmão. Não sou digna de habitar essa terra.
Então Paola Hernandes cravou uma adaga em seu coração...
Chavier Delaplata: Não, eu estava apenas brincando... Existem jabuticabas no México. Agora é tarde demais, ficarei aqui até meus últimos dias.
Chavier Delaplata permaneceu ali até que sua vida viesse a terminar. O mar fez o corpo de Chavier ser carregado até suas profundezas e ele pôde descansar em paz ao lado de sua amada.

Por: Felipe Padilha (2013)

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