Todos nós temos problemas e ninguém os admira, nem os coleciona: sejam eles de lógica, de saúde, de família, de escola etc., os problemas são ruins e fim de papo. O que eu não entendo, porém, são as pessoas que querem causar mais problemas para nós. Não se limita ao "Me ouça, por favor, preciso desabafar!", ao contrário, vai muito além disso. Há quem queira transferir essas dificuldades para o outro, aquele "ser bem próximo". Esses espertinhos acreditam que ao transferirem problemas, estarão livres por todo o sempre. Será que é tão difícil entender que cada pessoa tem seus próprios problemas? Muitas vezes, as pessoas demonstram que sim, que é difícil entender.
Uma verdadeira disputa para ser melhor que esse ou aquele, para quê tudo isso? Para um dia morrer como todos e deixar marcas negativas na vida das outras pessoas? Não há razão para ser egoísta, repugnante ou desdenhoso todos os dias. Uma vez ou outra até é perdoável e pode haver alguma justificativa. Mas todos os dias? Alguma coisa pode estar errada. Se você que é asqueroso acha que nunca vai precisar da ajuda de outra pessoa, está muito enganado. Caso ache que sempre poderá interferir no espaço dos outros, na hora em que menos esperar, a vida te dá um empurrão e você vai com tudo para o chão. Uma queda e tanto!
O "ser bem próximo", ao qual me referi há pouco, não, necessariamente, precisa se revoltar contra o mundo, basta apenas ser mais atento com a vida. Enquanto as pessoas te jogam os problemas e você os acumula tentando resolvê-los, o tempo passa, a vida passa e você passa. Aí, não adianta reclamar porque não viveu mais. Escute a música "Epitáfio" dos Titãs, e me compreenderá. Temos as nossas cruzes, mas cabe apenas a cada um carregar a qual foi encarregada. Então propor aos quatro cantos do mundo o que é correto, racional ou, mesmo, tentar obter satisfação de todos é inútil, só o eco da sua própria voz te responderá, se é que pode ser considerada uma resposta. Viva: respeite o espaço dos outros; respeite o seu espaço; saiba a vez de falar; saiba a vez de calar; grite quando necessário; pule; corra; viaje; erre mais e tente esquecer as responsabilidades pelo tempo que julgar conveniente, mas tente. Há quem reclame demais dos problemas, mas há aquele que ouve essas reclamações na mesma frequência. Então, cadê a reciprocidade? O eco, já mencionado, não é considerado como um interlocutor.
Portanto, você que reclama demais, ouça alguém, sempre há quem precisa ter voz. Você que ouve demais, lute por sua chance de falar e aproveite-a, nunca se sabe quando a terá novamente.
Parece até blog de auto-ajuda, mas são verdades que tento afirmar a mim mesma. Essas palavras são produtos de um dia infeliz. Eu precisava expô-las para me auto-ajudar. São linhas resultantes de um dia sem cores, sem alegria. De um dia que a minha alma pareceu não ter acordado. Não reagi nesse dia, apenas o percorri sem deslumbrar o céu ou ouvir os pássaros. Nesse dia cinzento, o que me saltou aos olhos foi, principalmente, a incessante exaltação do ego, isto é, o desrespeito com as aflições alheias e por isso eu registrei, me eleva a mente.
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