Hoje minha turma vai à aula para assistir aos filmes: Romeo and Juliet (1968) e V de vingança (2006). O primeiro filme será com o intuito de compararmos a obra de Shakespeare e sua adaptação cinematográfica e o segundo filme será para nos atentarmos aos discursos.
O pior de tudo é saber que não só eu, mas outros colegas meus também pensam que é dia de folga. Nada de esforços cognitivos, apenas um pouquinho de atenção e bastará para termos participado da aula. Digo isso porque já conversei com esses colegas e eles confirmaram a minha suspeita. Pode até partir de uma premissa positiva, por parte dos professores, assistir aos filmes, mas que, geralmente, fazer-nos assisti-los faz com que pensemos assim: "filmes servem para ocupar boa parte da carga horária". Há quem vidre no telão, há quem só fofoca e há quem observa essas pessoas: eu.
Ora eu converso, ora eu fico vidrada, porém eu analiso muito, mais além do que o normal. Estudo meus amigos, o(a) professor(a) e eu mesma. Nem eu escapo. Enquanto poderia estar voltando toda essa minha capacidade para estudar meus colegas na sala e voltá-la para a análise do filme em si, não, eu simplesmente divago sobre o modo como as pessoas podem estar reagindo. Reflito ainda acerca do professor pela postura, pelo olhar, pela maneira que ele(a) apoia o queixo na mão. Será que ele também acha ser um passatempo? Um "matar" aula?
Invariavelmente, nós alunos, com algumas exceções, consideramos essas aulas o momento propício para vaguear mentalmente, porque mesmo de corpo presente, a mente nos é incontrolável. A lembrança de esta semana ter apenas mais dois dias letivos colabora para adotarmos tal postura. Refiro-me à postura de ficar sentado, com o queixo sobre a palma da mão, a coluna curvada para frente, olhos mergulhados em meditação e a mente sabe-se lá onde.
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