Chegou o meu dia de tirar metade da nota da prova. Tive um impacto quando vi o número naquele pedaço de papel. A professora com uma expressão meio contrariada acentuou ainda mais a adrenalina dentro de mim. Estranho pensar na possibilidade de tirar nota baixa e tirá-la. Eu tinha certeza que minha nota não seria uma das melhores... Aí, a professora entrega a prova e um colega pergunta "quanto?" e eu mostro o valor nos dedos, outra colega vê e se espanta. Foi o suficiente para eu me culpar por não ter estudado mais.
Ao mesmo tempo em que penso e reclamo, eu lembro que mereci aquele valor. Mesmo que não tivesse merecido, chorar não vai resolver nada. O ato de escrever, no entanto, bota para fora o sentimento ruim que me dominou naquele instante e que deixou alguns resquícios. Fiquei fazendo cálculos e pensando nas maneiras pelas quais poderei recuperar a nota e só cheguei a uma: estudando. Então, é só questão de dedicar-me e não é difícil desde que eu me disponha a isso. Ainda assim, a nota não vai medir o que aprendi, ela pode ser até maior do que realmente o meu cérebro absorveu. O registro só faz parte da organização do(a) professor(a) e ir bem nas provas depende da sorte ou empenho que o aluno possui. Como não tive sorte, a saída é estudar. Confesso que a nota, depois do sobressalto, servirá de auxílio para pegar nos textos com mais gosto ou não, pois vai depender do meu estado de espírito amanhã. Por enquanto essa mudança ainda está no caráter de subterfúgio que as palavras me possibilitam ter aqui no blog: mera fuga da consciência pesada.
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