segunda-feira, 7 de maio de 2012

Razão x Emoção

Insignificância, algumas pessoas já nascem providas, outras adquirem com os anos. Atos insignificantes, palavras insignificantes, olhares insignificantes, tudo tão insignificante. É tão insignificante que eu tento atribuir alguma significância aqui no post. Ao menos essa insignificância é forte para me atingir, para me incomodar ao ponto de me inspirar em escrever. Às vezes escrevemos, ou tentamos escrever só do que é bom, por que não escrever do que é mau? Eu acho um bom começo para que ele feneça.
Semana de especulações, comentários maldosos, palavras grosseiras e sentimentos negativos. Uma série de razões para me inspirar a escrever e que eu não poderia deixá-las voando. Guardo-as, portanto, nessa caixa de recordações que o blog se tornou, embora não esteja com a mínima paciência de expor quais exatos motivos me fizeram estar aqui. Tão contraditório! Só quero deixar uma observação: se eu um dia resolver dar indiretas, não será por meio de qualquer rede social que eu farei isso. Então, escusado será dizer que esse post não vai para alguém em especial. Não é, não se iluda.
Inspirações que resultam de más recordações. Quando estão na minha mente, com a intensidade que elas vêm, posso afirmar que a semana passada foi angustiante. Sem exceções. Nada que não me fortaleça, pois de tudo eu tiro ou tento tirar um aprendizado. "Na próxima vez farei diferente." Só para ilustrar, vou falar de algo que aconteceu hoje. Na universidade deparei-me com uma menina que chorava por ter tirado a metade da nota da prova e do trabalho por causa da professora ser inflexível. Sugeri a ela que chegasse junto e conversasse abertamente, afinal, a pose de durona pode ser apenas uma máscara que a outra veste para se fazer respeitada. A menina enxugou as lágrimas, agradeceu-me e saiu decidida em adotar uma nova postura. Talvez seja justamente essa a reação que a professora busca nos alunos, apesar de não se esforçar em ser mais compreensível. Nem eu entendo o porquê disso, embora tenha aconselhado a menina a mudar. Mas, enfim, não custa nada tentar.
Diversas vezes escolhemos por agir como essa menina, que caída em desamparo, recorreu ao choro. Parece que é mais fácil nos escondermos e chorar que mudar. Aponto àquela mudança que tem por fim ser permanente, não à mudança de cunhos passageiro e ilusório. Esta que será tão inválida quanto não ter mudado. Se dermos voz à razão e deixarmos de lado a emoção, quem sabe exista algum progresso, nem que seja para termos um foco, pois a emoção embaça a visão da razão em muitas decisões importantes. Sozinhas elas são extremas: enquanto a razão é insensível, a emoção é possessiva e assim somos prisioneiros delas. No entanto, a verdadeira liberdade acontece quando razão e emoção entram em consenso. Daí surge o verdadeiro aprendizado: o de viver em liberdade de si para si mesmo. 

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