Na Segunda-feira fui recarregar o meu cartão de estudante. Ainda não consegui assimilar com normalidade acerca do preço da passagem ter subido, pois se antes eu já me sentia incomodada, agora eu me sinto assaltada. Sobretudo porque o valor se elevou e as condições continuam péssimas. Realmente é de deixar qualquer um revoltado. Só que a mim parece ter mais impacto, afinal nasci com aquele defeito-qualidade definido como “economia”, mais vulgarmente conhecido como o "sujeito mão-de-vaca". Já falei sobre essa característica em outro post e, por isso, dispensarei citar novamente todas as perturbações que ela me causa. Além disso, ainda que o tema possua uma estreita relação com essa marca indelével da minha vida, desejo delineá-la por outro ângulo.
Ontem, com o cartão gordinho de passagens, me locomovi de casa à Universidade, sempre feliz, sempre contente, sempre rindo. Ah! Que ironia! Pois chegando ao meu local de atribuição de conhecimento, a casa dos sonhos, a travessia para um mundo melhor, constatei que a professora da primeira aula nos deu o cano, bem como todos os outros alunos da minha turma, exceto uma colega e eu. Andei pelos corredores a fim de avistar alguém e era em vão. Ninguém, pelo menos onde eu me encontrava, estava composto em matéria. Voltei à sala e combinei com a única de corpo presente em irmos embora. Enquanto estávamos hesitantes em ir ou ficar no aguardo, manifestamos a nossa fúria. Minha amiga vociferava a respeito do custo do transporte público: "Não somos ricas! Olha só, cinco reais e vinte centavos na ida e volta! Olha só!" Eu acrescentava com a mesma vivacidade que ela e concordava freneticamente com a cabeça. Depois de esbaldar nossos venenos verbais, estávamos convictas de que voltar a casa seria a melhor saída. Ela ia para Uvaranas e eu para... o que te importa? A minha casa, enfim.
Despedimo-nos e eu, envolvida pela troca de insultos ao dinheiro e cia., decidi ir a pé, assim, deixava o meu cartão gordinho e gastava algumas calorias. Um exercício e tanto! No trajeto, recebi uma ligação e me senti mais à vontade para caminhar, pois se eu encontrasse algum conhecido poderia dizer que eu não havia visto. É que sou tão distraída! Além disso, o assunto parecia interminável, desconsiderando as gargalhadas, piadas acrescentadas por mim, servindo de enfeite e dando continuidade à prosa. Com isso, cheguei a casa num relâmpago e comuniquei a minha chegada ao interlocutor, o qual me desacreditou por eu estar rindo. Deveras, havia sido rápido demais, mas eu ria devido à economia que fizera.
Um dinheiro poupado com êxito de forma saudável, quem diria? Essa caminhada foi tão significativa para o meu bolso (e pernas!) que hoje de manhã, durante o banho, comecei a refletir. Mas só o ato de pensar demais no banho já é fazer a água esvair-se pelo ralo, a qual também tem o seu peso no findar do mês. Meu pai que o diga! Então, só porque eu economizei da minha conta, não invalida os meus banhos demorados, à base de demasiada meditação e vangloriar-me e me autodenominar como econômica me são nulos. Ao concluir minha tese sob o chuveiro, interrompi o jato imediatamente olhando com piedade para a válvula e uma voz fraca parecia me dizer "obrigado". Ora, à luz de todos os meus feitos, definitivamente eu não posso me considerar econômica, porque a duração do meu banho contradiz a todas as características do sujeito ciente do desperdício de água, daquele que, de fato, E-CO-NO-MI-ZA. Depois dessas reflexões, compreendo que economizar não é apenas fazer uma caminhada e dispensar o ônibus, é assumir uma posição responsável diante de todos os gastos que fazemos.
Ontem, com o cartão gordinho de passagens, me locomovi de casa à Universidade, sempre feliz, sempre contente, sempre rindo. Ah! Que ironia! Pois chegando ao meu local de atribuição de conhecimento, a casa dos sonhos, a travessia para um mundo melhor, constatei que a professora da primeira aula nos deu o cano, bem como todos os outros alunos da minha turma, exceto uma colega e eu. Andei pelos corredores a fim de avistar alguém e era em vão. Ninguém, pelo menos onde eu me encontrava, estava composto em matéria. Voltei à sala e combinei com a única de corpo presente em irmos embora. Enquanto estávamos hesitantes em ir ou ficar no aguardo, manifestamos a nossa fúria. Minha amiga vociferava a respeito do custo do transporte público: "Não somos ricas! Olha só, cinco reais e vinte centavos na ida e volta! Olha só!" Eu acrescentava com a mesma vivacidade que ela e concordava freneticamente com a cabeça. Depois de esbaldar nossos venenos verbais, estávamos convictas de que voltar a casa seria a melhor saída. Ela ia para Uvaranas e eu para... o que te importa? A minha casa, enfim.
Despedimo-nos e eu, envolvida pela troca de insultos ao dinheiro e cia., decidi ir a pé, assim, deixava o meu cartão gordinho e gastava algumas calorias. Um exercício e tanto! No trajeto, recebi uma ligação e me senti mais à vontade para caminhar, pois se eu encontrasse algum conhecido poderia dizer que eu não havia visto. É que sou tão distraída! Além disso, o assunto parecia interminável, desconsiderando as gargalhadas, piadas acrescentadas por mim, servindo de enfeite e dando continuidade à prosa. Com isso, cheguei a casa num relâmpago e comuniquei a minha chegada ao interlocutor, o qual me desacreditou por eu estar rindo. Deveras, havia sido rápido demais, mas eu ria devido à economia que fizera.
Um dinheiro poupado com êxito de forma saudável, quem diria? Essa caminhada foi tão significativa para o meu bolso (e pernas!) que hoje de manhã, durante o banho, comecei a refletir. Mas só o ato de pensar demais no banho já é fazer a água esvair-se pelo ralo, a qual também tem o seu peso no findar do mês. Meu pai que o diga! Então, só porque eu economizei da minha conta, não invalida os meus banhos demorados, à base de demasiada meditação e vangloriar-me e me autodenominar como econômica me são nulos. Ao concluir minha tese sob o chuveiro, interrompi o jato imediatamente olhando com piedade para a válvula e uma voz fraca parecia me dizer "obrigado". Ora, à luz de todos os meus feitos, definitivamente eu não posso me considerar econômica, porque a duração do meu banho contradiz a todas as características do sujeito ciente do desperdício de água, daquele que, de fato, E-CO-NO-MI-ZA. Depois dessas reflexões, compreendo que economizar não é apenas fazer uma caminhada e dispensar o ônibus, é assumir uma posição responsável diante de todos os gastos que fazemos.
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