quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sentimento

Sentimento é o mesmo que ato ou efeito de sentir. É um senso inato a todo ser humano. Sentimentos podem ser negativos ou positivos e, conforme a situação, variam-se constantemente e nos confundem. Por muitas vezes me encontrei nessa situação: ao mesmo tempo em que achava gostar de uma pessoa, vi que um pequeno ato ou  uma simples palavra pôde fazer com que esse sentimento se desvanecesse com facilidade.
Hoje me encontro numa situação bem semelhante. Rememorando aqueles três tipos de pessoas que citei em outro post, descrevo alguém em especial, com nada de especial, o qual me fez tornar o segundo tipo de pessoas e achar que eu sentia ódio dele. Graças a uma melhor habilidade para expor minhas ideias, afirmo ser o sentimento de apatia, para não parecer tão cruel. Para ilustrar com mais clareza: era alguém ao qual sempre fui indiferente e que, em um dia de muito atrevimento dele (palavras, atos), acabou se tornando o meu alvo preferido, contido na minha lista negra. Se é bom ou ruim não sei, só sei que assim o é.
Então comecei a descobrir qualidades e defeitos desse alguém. Perguntas indiretas a amigos, inimigos, Internet, lista telefônica... Fiz tudo que pude e descobri! Ah, quantas coisas eu descobri. Posso estar contando vantagem, mas há coisas que só eu sei. Esse alguém nem imagina que, sempre que posso, o lembro da pior maneira. Contudo, é algo que não me beneficia, ao contrário, me faz perder tempo, muito tempo, embora me atraia na mesma dose. Talvez eu goste de sofrer, talvez eu goste de me torturar. Seria tão mais fácil deixar para lá e esquecer, mas eu não consigo, não posso, não devo, não quero.
Mas o que tudo isso tem a ver com sentimentos? Retomando: outrora era ódio ou apatia, para ser mais delicada. Perdendo o meu tempo em função da vida alheia, esqueci de mim, esqueci de me analisar, de refletir acerca dessa minha obsessão. Ainda confusa, percebo que, em geral, o que sinto é pena. Esse alguém está numa situação na qual eu não queria estar. Provavelmente, se fosse possível escolher nem ele estaria. Imprevistos. Nada mais "humano" do que sentir pena, é o mínimo que posso ter depois de tudo. Para provar a minha pena, até post próprio esse alguém possui, mesmo que anônimo. É tão humano da minha parte!
Enfim, nós, seres humanos, somos confusos apesar de racionais. Somos imprevisíveis. Desconhecemos a nós mesmos. Não medimos nossos atos ou palavras por muitas vezes e isso pode fazer com que pequenas eventualidades tomem proporções catastróficas. Em busca de uma resposta, encontramos outras perguntas. Nessa incansável investigação, perdemos a sanidade mental. É uma explosão de sentimentos simultâneos fazendo com que cometamos erros, os quais podem ser irreparáveis. Possivelmente nem todos (re)ajam assim, mas eu me considero vítima dessa busca, desses feitos. Se no meu caso é remediável ou não, só o tempo responderá.
Portanto: cuide-se comigo, eu sou humana!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Máscaras

Na nossa vida existem três tipos de pessoas: as que nos fazem bem, as que nos fazem mal e as que nos fazem bem e mal. É a partir dos atos delas que traçamos seus perfis, avaliamos cada um e decidimos quais deles continuarão nos influenciando.
O primeiro tipo de pessoas, em meu ponto de vista, é aquele de menor quantia. Compõem este grupo as pessoas capazes de cometer certos sacrifícios, ao ponto de deixar os próprios anseios pela felicidade alheia. O maior intento na vida delas é proporcionar felicidade. Por muitas vezes, o produto da abdicação dessas pessoas é designado como se ele não tivesse valor. Mas ele tem e isso deveria ser reconhecido, só isso.
O segundo tipo de pessoas são as, vulgarmente chamadas, inimigas ou denominadas também como ingênuas. Possuem a característica de estarem ao encalço de outras apenas pela realização pessoal. Para tanto, esse grupo é composto por "seres" que tem, incansavelmente, o encargo de tornar infeliz a vida das pessoas, tal como se fosse uma missão. Por serem ingênuos, são perdedores da própria vida, vivendo em função alheia sem receberem nada em troca. 
O último grupo são aquelas pessoas simpáticas, amáveis, felizes e companheiras. São assim até o momento em que você está numa situação melhor do que elas. Dependendo de sua elevação, podem compartilhar, de modo abrupto, das mesmas perturbações que sofrem o segundo grupo. Talvez sejam elas as piores! Pois, em dado momento, são as que dispõem das palavras mais amigáveis, em outro, são as que dispõem das palavras mais ásperas. Possuem máscaras e, por isso, têm dupla personalidade e o pior, esse grupo é o qual mais encontramos em nossas vidas. 
Assim, infelizmente, os humanos se distribuem e não há nada que se possa fazer senão viver e buscar a compreensão, ou não. Lamentável apenas saber que o primeiro grupo, o mais indicado, está se extinguindo e difícil é achar alguém dono de tais virtudes. Não é ser bobo, é ser humano!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Vestibular

Domingo e hoje estão sendo os dias para o concurso vestibular da UEPG. Nossa, quantas lembranças!
Lembro-me do primeiro vestibular que prestei, estava muito frio, pois era nessa época de julho e eu não havia estudado quase nada. Assim, nada mais justificável a existência da minha ansiedade. Na verdade, eu estava tão ansiosa que não almocei e, para não ir totalmente em jejum, tomei um suco. Minha mãe sempre fala: "Não saia de casa em jejum, menina!" e eu, de algum modo, não a desobedeci naquela ocasião. 
Chegando no lugar marcado para fazer as provas, talvez para meu conforto, vi aquele acúmulo de pessoas, elas com as mesmas expressões que eu e aquela correria por causa dos documentos. Esse nervosismo é comum a todos, pensei. Pois eu, meia hora antes de sair, verifiquei se a minha documentação estava correta, mas parece que, quando se chega no lugar, tudo está faltando. A pessoa que conferia naquele dia olhou tudo e, para minha felicidade, confirmou que os documentos estavam corretos. Tão difícil levar a ficha de inscrição, o documento de identidade oficial e a cópia. Eu sei que não é, mas, mesmo assim, para mim foi um sufoco.
A primeira fase já tinha passado, era só esperar o grande momento de fazer aquelas provas. Provas que mais pareciam ser o único transporte para um mundo melhor: a universidade. Só de pensar nisso, de ter a responsabilidade de fazê-las, acertá-las e depois frequentar o mundo melhor, era uma tortura para mim. Todos em casa torcendo para que eu passasse e eu nem tinha me esforçado o bastante. Os outros que estavam na mesma sala que eu pareciam estar tão convictos da vaga e eu tão insegura!
A minha insegurança se devia ao fato de cogitar a hipótese de ficar um ano em casa sem estudar. Isso seria o meu maior desafio. Não porque eu não gosto de ficar em casa, mas porque eu nunca fiquei um ano sem estudar depois que comecei. Esse vestibular, além de ser da única instituição pública que possui o curso que eu queria, era a minha melhor opção para ser salva e não transformar essa hipótese em realidade.
Fiz as provas que, por minha inexperiência, foram terríveis, além de ter fracassado na redação. Saí de lá com vontade de chorar. Quem torceu por mim me perguntava como eu achei que tinha ido nas provas e eu respondia que nem tão bem nem tão mal, mesmo meu coração dizendo que tudo foi mal. Quando o resultado do vestibular saiu, a verdade veio à tona, ou seja, eu não tinha passado.
Nesse dia me senti derrotada, esmagada. Mas segui a vida comumente, pois havia mais uma chance no final do ano. Aliás, quando me refiro a "apenas" mais uma chance é devido ao fato de tudo acontecer conforme sonhei, isto é, terminar o terceiro ano e, em seguida, cursar o ensino superior. Por isso, não desanimei, voltei a estudar com mais interesse e no fim do ano conquistei a lista de espera graças ao meu empenho no último ano regular. Pacientemente, esperei até ser chamada, então só restava a mim, nessa hora, ter muita positividade e consegui!
Apesar de ter sofrido, chorado, desanimado, nada disso foi em vão. Ao contrário, foram fatores que me impulsionaram a seguir em frente, de cabeça erguida, me esforçando de verdade para alcançar os meus objetivos. Talvez se nada disso tivesse ocorrido, hoje eu não reconheceria meus próprios méritos.

sábado, 2 de julho de 2011

Férias

Mais um semestre se passou e com ele se foram as preocupações que dizem respeito a trabalhos, provas, exercícios. Essas preocupações surtiram tanto efeito em mim, que cheguei ao ponto de ter um ligeiro pensamento de desistir. Datas estabelecidas e trabalhos extensos, sem contar na matéria optativa que faço a qual possui as mesmas exigências, tudo isso estava me deixando muito irritada. Houve dias que pensei estar enlouquecendo ou algo similar. Para que meus pais e todos que estavam perto de mim não fossem tão atingidos (pois, de algum modo, eram) com essa minha irritabilidade, me trancava no quarto e estudava. Fazia os trabalhos, exercícios para ter média, obviamente.
Contudo, notas boas não são tudo para quem quer ser um profissional qualificado. Elas servem mais, na verdade, como um registro para quem nos avalia. O que realmente importa, para o futuro profissional qualificado, é haver aprendizado, em outras palavras, conhecimento: algo que ninguém te tira e te segue em qualquer lugar. De qualquer maneira, é preciso ter boas notas, mas que venham com conhecimento, claro!
Depois de tantas reflexões, de ter a certeza da minha futura profissão, de amar o meu curso, eu não desisti. Vejo que é possível, até o momento, estudar sem enlouquecer. Pode até haver stress, mas nada que um (dois, três...) remédio(s) e um bom descanso não resolvam, desde que a situação não esteja sobrecarregada. Há quem diga que sou louca. Sim! Louca de feliz!
Então, no fim do primeiro semestre, viva, com saúde, feliz e pronta para mais uma avalanche de textos, nada mais valioso do que um mês de férias!