segunda-feira, 9 de junho de 2014

Uma única pessoa

- Nossa, mãe, muito obrigado! De novo todo mundo vai no cinema e eu não. Graças a você!
- Eu tenho meus motivos, os quais você apenas no futuro entenderá!
- Sabe o quê? Vou dormir.
E assim Jonas encerrou a discussão com a sua mãe. Trancou-se em seu quarto e deitou com o rosto virado para seu travesseiro, impedindo as lágrimas de escorrerem por seu rosto.
Cinco minutos passaram-se e por fim caiu no sono. Um sono calmo. Como se seu espírito tivesse deixado o seu corpo, que estava tomado de raiva e euforia.
Em seu sonho imaginou-se em um mundo completamente igual. Saiu com seus amigos, foi tomar sorvete, foi para a escola, até o momento que sentiu falta de uma coisa: sua mãe. Nem ligou para sua falta até a hora que a fome bateu, machucou-se, e não tinha mais roupas. Sentiu-se vulnerável nesse mundo tão grande, e percebeu a importância que uma única pessoa faz no mundo. 
Quando não aguentava mais viver naquela situação, escutou ao fundo um som que veio se intensificando cada vez mais. Era seu celular avisando que era hora de ir para a escola.

Por: Pedro Victor Pereira.