domingo, 10 de junho de 2012

Não somos o poema

O problema é pensar que existimos. Achamos que nossas palavras são permanentes, sólidas capazes de nos representar para todo o sempre. Isso não é verdade. Escrevemos no momento. Muitas vezes, quando leio meus poemas durante uma apresentação, percebo que as pessoas acham que os poemas sou eu. E não são, mesmo quando falo em primeira pessoa. São meus pensamentos, minha mão, meu espaço e minhas emoções naquele determinado momento em que os escrevi. Observe-se. Mudamos a cada minuto. E isso é uma dádiva. A qualquer momento podemos abandonar nossos sentimentos e ideias cristalizadas e começar tudo de novo. A arte de escrever é assim. Em vez de limitar, liberta. -- Goldberg, Natalie. Escrevendo com a alma.

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