sábado, 28 de julho de 2012

A outra, a fera

Contagem regressiva para o início das aulas e eu ansiosa, afinal logo na segunda-feira começam as inscrições presenciais para o segundo semestre do curso de Formação Pré-acadêmica. Há meses reclamei por não haver tanta gente preenchendo formulário e depois, no último dia, várias pessoas traziam seus documentos. Realmente, equivoquei-me e confesso ter ficado feliz pelo engano.
Na primeira semana de aula terão trabalho e atividades para entregar, os quais eu ainda estou na metade do caminho. A preguiça é minha companheira quando resolvo fazer algo referente à faculdade, mas preciso evitá-la ou confrontá-la, pois a sabedoria vem do esforço e dedicação. Notas fazem a diferença no final do ano e eu não quero ter que encará-las e lembrar que eu ficava o dia todo na Internet. Embora eu tenha mudado este pensamento, isto é, de permanecer debruçada em textos nas dezessete horas que estou acordada.
Tal mudança se reflete até no meu humor. Na minha expressão facial. No meu sorriso. No meu dinheiro. Ainda assim, com toda essa transformação, se para o bem ou para o mal, estou melhor. Sinto que fiz dessas três semanas de férias as melhores que já tive. Fui a tantos shows, conheci tanta gente, comecei a frequentar a academia, li um livro (deveria ter lido mais, mas mudei!), assisti a vários filmes, estou ouvindo outras músicas, enfim tomei as minhas próprias decisões sem medo das possíveis objeções. Só de ver o meu reflexo no espelho, sou outra pessoa. Sei que sou. Acho que uma pessoa melhor, mais contente! Mais risonha (mais?!). 
Espero carregar esse sorriso durante os próximos cinco meses. Que falta me faz a correria do dia-a-dia; dos papos da minha sala; dos assuntos mais assustadores. Contudo, eu não tenho saudade das tarefas, sei que elas têm alguma função profícua, mas saudade, definitivamente, não! Até porque elas reluziram sobre a minha mesa nas férias e ainda insistem em serem lembradas quando vou ao meu quarto. Mexem com o meu emocional por alguns dias, e saber que posso quitá-las, nem que seja no desespero, me conforta. Não sou a única a me sentir assim. Graças à mudança, agora mais do que nunca, estou segura. Ninguém vai me fazer cair e se eu cair, é porque de alguma forma estou no topo. Não ocorrem quedas com quem já está no chão. Sou outra, mudei. Despertei a fera que havia em mim.

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